– As características humanas que são expressas nos ícones são voluntariamente diferenciadas (proporções, cores, noções de espaço, fisionomias), para dar uma noção clara que aquele que é representado ali (Jesus, Maria ou algum santo), já vivem em outra realidade. Isso nos faz lembrar as aparições do ressuscitado no Evangelho, onde os discípulos tinham dificuldade de reconhecê-lo.
– A beleza do ícone não esta na estética (como uma obra de arte) para não gerar sentimentos superficiais de piedade, mas necessita de um olhar de fé que nos levam a uma interioridade, pois a contemplação de um ícone é feita com os olhos da alma.
– Os ícones nos exercitam para vivermos com maior profundidade a experiência litúrgica, onde a nossa fé é alimentada através de símbolos (ex: o Círio Pascal é Jesus Ressuscitado; a água é o Espírito Santo, etc). Introduzem-nos assim no mistério de Deus, não através de uma linguagem racional, mas através de uma linguagem simbólica.
– A luminosidade presente nos ícones (Jesus, Maria e os santos emanam sempre uma luz interior), mostra que os personagens retratados já estão na luz da glória, a assim todos já estão Transfigurados.